segunda-feira, 23 de março de 2015

* O mundinho que eu sonhei pra você.

Fico olhando pra você e desejando imensamente acertar em tudo pra poder te ver feliz. Há! Como eu desejo te fazer feliz!
Por incontáveis vezes é assim que acontece. Eu me pego com um nó na garganta, um embrulho no estômago e no coração um desejo gigantesco de te ver sempre feliz.
E se acordada eu fico assim, dormindo, vez ou outra, eu consigo sonhar com um mundo que eu tanto queria para você. Um mundo que acolhe, não só você, mais todas as pessoas. Um mundo em que ninguém fique sozinho, porque solidão mesmo, só vale a pena quando é escolha e mesmo assim, só por um tempinho, depois tem que voltar e se aconchegar entre aqueles que nos querem bem, afinal, se sentir acolhido é mais que importante, é necessário.
Nesse mundo que eu sonho, não tem essa de se lutar pela inclusão, nesse mundinho sonhado com carinho, os habitantes nem sabem o que é inclusão, nunca ninguém nem ouviu falar essa palavra. Aliás, acredito que os moradores de lá ficariam muito espantados se descobrissem que aqui no mundo "normal" que a gente vive, as pessoas estão fazendo cursos para aprenderem a viver de forma inclusiva. Lá, os habitantes convivem diariamente com as "diferenças". Lá ninguém fica de fora da brincadeira e toda brincadeira dá pra brincar junto com todo mundo, mesmo que cada um brinque de um jeitinho diferente. Quem não se achega e entra na roda acaba sendo acolhido, pois para os habitantes desse mundinho sonhado com todo carinho, eles sabem bem que o legal é quando todo mundo fica junto e  que ninguém fica de fora, não porque "tem que incluir", e sim porque é INDISPENSÁVEL incluir.
E então, nesse pequenino mundinho, os habitantes (todos muito diferentes uns dos outros), por terem a liberdade de serem quem são, vão devagarinho aprendendo a conviver com os outros, sem se acharem melhores ou piores, ou até "menos diferentes", mais aceitando e respeitando as diferenças.
Enfim, sonho com um lindo mundinho, tão pequenino que só cabe mesmo dentro desse meu sonho de mãe que dorme bem pouquinho, um mundo onde ninguém vai precisar aprender que é mais feliz quem sabe conviver com as diferenças, lá ninguém vai ficar falando de "inclusão" ou "respeito as diferenças", afinal nesse meu mundinho todo mundo vai entender que é diferente e que as diferenças se complementam.
Então, acordo e mais uma vez, e vou pesquisar mais um pouquinho, procurar novos cursos e assim trabalhar na construção desse mundinho que eu quero pra você.