sábado, 30 de março de 2013

* Dicas de socialização para pessoas com Asperger.


Fonte: Espaço Autista, criado por (portadora da Síndrome de Asperger e estudante de Direito – UNI-RN).
Fonte: http://autism.lovetoknow.com/Socialization_Tips_for_People_with_Aspergers
Os aspies frequentemente desenvolvem interesses limitados e raramente rotinas. Eles podem ter diferenças de fala e linguagem, como falar muito formal ou em um tom monótono. Muitos são desajeitados e descoordenados. No entanto, a socialização é muitas vezes o desafio mais difícil.
Podem ter problemas ao usar e entender a comunicação não-verbal. Isso inclui o uso de gestos, expressões faciais e linguagem corporal. Além disso, eles podem ter comportamentos socialmente inadequados, que os restringem severamente de terem relacionamentos bem sucedidos com os pares. Para melhorar estas situações, indivíduos com síndrome de Asperger precisam aprender métodos de enfrentamento, bem como expandir sua compreensão da socialização.
Os aspies geralmente querem se encaixar e ter relacionamentos com outras pessoas. Eles simplesmente não sabem como fazê-los corretamente. Eles não têm uma compreensão de regras sociais convencionais e muitas vezes parecem sem empatia.
Algumas dicas de socialização para pessoas com Asperger
A fim de melhorar a socialização, as pessoas com SA precisam aprender e se concentrar na socialização intelectualmente. O que pode vir naturalmente para aqueles sem Aspergers ou concentração necessidades autismo por aqueles com a doença.
  • Educação é a chave: Educação é uma parte importante de socialização de Asperger. As crianças pequenas podem ser incapazes de compreender as habilidades de socialização, inicialmente, mas quando ficam mais velhos, eles podem aprender que gestos significam e como interagir com os colegas.
  • Ajuda social profissional: Trabalhar com um psicólogo e conselheiro de ensinar e melhorar as habilidades sociais. Alguns com esta forma de alta de autismo pode aprender a ser social. Terapias muitas vezes ensinar os pacientes a reconhecer Asperger situações-problema em potencial. Além disso, esses profissionais ensinar e praticar estratégias com os pacientes para que eles possam lidar com a maioria das situações.
  • Comunique-se com Fotos: Para ensinar as crianças a ser social, incorporar histórias em imagens em suas vidas diárias. Isso é importante para assuntos difíceis como a partilha e comunicação de sentimentos. As histórias devem comunicar como lidar com a situação.
  • Regras da linguagem social: Trabalhar com um fonoaudiólogo que irá avaliar e oferecer ajuda para as crianças com a linguagem. Mesmo que a criança pode falar perfeitamente, aprendendo linguagem social é muitas vezes necessário. Aprender contato com os olhos de um fonoaudiólogo, por exemplo, é uma habilidade importante.
  • Ajuda a fazer amigos: Na escola e em outras situações sociais, as pessoas com síndrome de Asperger irá funcionar melhor com a ajuda dos pais. Encontre um amigo para o aluno na escola que eles sabem e podem trabalhar. A criança pode, eventualmente, aprender com o amigo como interagir.
Estar Social com Síndrome de Asperger

Talvez as melhores dicas de socialização para pessoas com Aspergers vêm da prática. A única maneira de a criança ou o adulto a aprender como ser social é a participação em inúmeros eventos e passeios.
Crianças com Asperger pode ser social
Estar envolvido em esportes e atividades extracurriculares. Através da prática, as crianças e jovens aprendem a ser socialmente positivo.
Durante os anos de adolescência, namoro é muitas vezes difícil. Incentivar os adolescentes a sair com os amigos e até à data. Pode ter prática, mas eles vão aprender habilidades sociais com cada passeio.
Utilize role-play em casa, antes de qualquer tipo de excursão. Role-play permite que o indivíduo imagem de todos os diferentes cenários que podem acontecer. Então, ensinar estratégias para lidar com situações difíceis.
Incentivar a socialização a partir de uma idade jovem, trazendo outras crianças em casa. Um pai pode dizer: “Veja como Billy tem sua mão estendida? Isso significa que ele quer dizer Olá com um aperto de mão. Apertar sua mão.”
Reduzir a ansiedade para o seu filho sempre que possível. Mantenha o resto de sua vida estruturada e organizada, bem como garantir que o ambiente é positivo e gratificante para eles. Isso permite que eles se concentrem em interações sociais sem preocupação com outras dificuldades.

quinta-feira, 28 de março de 2013

* LEI nº 5.089 DE 25 DE MARÇO DE 2013


* Ajudando o Asperger a vencer a inércia.



A Síndrome de Asperger é uma forma de autismo que se manifesta de forma diferente em cada criança. Muitos têm dificuldade com a organização da linguagem corporal, compreensão e gestão do tempo. Essas características podem fazer com que tenham dificuldade de completar as tarefas na escola e em casa. Os pais e professores podem tornar-se frustrados tentando obter essas crianças em movimento e mantê-los focados. Existem várias estratégias que podem ajudar adultos gerenciar essas características e ajudar as crianças a aprender a superar essa inércia.

Estrutura

Essas crianças precisam de estrutura consistente e horários, mas pistas não deve depender de um relógio. Estabelecer um padrão para os tempos difíceis do dia. Por exemplo, de manhã, a criança deve levantar-se, ao mesmo tempo, o café da manhã, se vestir, pentear e escovar os dentes na mesma ordem a cada manhã. Fornecer uma lista escrita das tarefas e a ordem devem ser concluídas. As crianças mais jovens terão lembretes verbais, tais como, Quando terminar o almoço por favor se vestir imediatamente. Manter uma programação consistente vai ajudar as crianças a realizar tarefas designadas mais facilmente com menos problemas. Se possível, modelar as atividades e fazê-las com a criança para mostrar a ela o que fazer. As crianças com Asperger podem não serem capazes de aprender por simples observação. Elas devem ser ensinadas, passo a passo, como fazer tarefas diárias. Oferecer recompensas para a conclusão atempada de todas as tarefas. Algo tão simples como um gráfico de etiqueta pode ajudar a modificar o comportamento.

Eliminar as distrações

Muitas crianças com Asperger têm dificuldade de processar mais de um tipo de estímulos ao mesmo tempo. Eliminar as distrações, como televisão, música, computador ou outros dispositivos eletrônicos. Estabelecer uma regra que a criança não pode ter acesso a qualquer um destes dispositivos até a tarefa designada ou atividade for completada. Minha filha respondeu muito bem a isso como ela ficou mais velho e esses itens tornou-se mais importante para ela. Certifique-se de que a criança está realmente a ouvir. Você pode precisar tocar em seu braço ou ombro antes de lhes pedir para fazer alguma coisa. Se eles já estão ocupados com uma atividade que pode ter um momento ou dois para eles para mudar para a nova tarefa.

Estilo de personalidade

Crianças com Asperger aprendem a  se comportar de maneira diferente do que as outras crianças. Muitas crianças vão aprender o que fazer por simples observação e seguir as regras estabelecidas porque esse é o comportamento esperado. Crianças Asperger muitas vezes precisam de um motivo concreto para executar uma tarefa.


sexta-feira, 22 de março de 2013

quarta-feira, 20 de março de 2013

* Breve discussão sobre o impacto de se ter um irmão com transtorno do espectro do autismo.


Rafael e Vitor, grandes irmãos, grandes amigos.
by Pelo Direito dos Autistas (Notas) on Terça, 19 de março de 2013 às 08:52
Numa pesquisa realizada por Altiere e Kluge (2009), foram entrevistadas cinquenta e duas famílias com filho com TEA, com o objetivo de explorar as dificuldades e os sucessos em criar um filho com diagnóstico de TEA. Os autores observaram que muitos pais apresentaram uma grande dificuldade em prover uma vida normal também ao irmão sem deficiência. Muitos relataram comportamentos de ciúmes, uma vez em que o filho com autismo exige uma grande demanda de atenção. Outros relataram que embora reconheçam que o irmão sem deficiência busca de alguma forma ajudar nos cuidados gerais do irmão com autismo, é evidente que esse esforço gera um significativo nível de estresse nesse irmão. Segundo Altiere (2006), a maior parte da literatura sobre famílias com filho com autismo foca na relação mãe e filho e excluem análises da relação entre os irmãos, o autor destaca a necessidade de estudos que visem maior investigação empírica a fim de compreender melhor o impacto no irmão sem deficiência de se ter um irmão com autismo.Segundo McIntyre e Quintero (2010), a mudança no papel tradicional do irmão com desenvolvimento normal, pode resultar em problemas adaptativos tanto dentro do ambiente familiar, como em ambientes sociais, como a escola por exemplo. Para esses pesquisadores, a literatura indica que irmãos de criança com autismo apresentam menos comportamentos sociais e se queixam de sentirem-se solitários, quando comparado a irmãos sem deficiência. No entanto tal diferença não é observada quando se compara irmão de criança com autismo com irmão de criança com retardo mental, Síndrome de Down ou atraso na linguagem (MCINTYRE; QUINTERO, 2010).Para Sifuentes e Bosa (2010), é comum que as mães se sintam sobrecarregadas em cuidar do filho com TEA e exercer quaisquer outras atividades, como por exemplo, dar atenção ao irmão sem deficiência. Além desse filho estar exposto a um significativo nível de estresse e depressão no ambiente familiar, o aumento de expectativas e responsabilidades e um menor envolvimento parental, também podem estar presentes (MCINTYRE; QUINTERO, 2010)
É comum que o irmão sem deficiência procure compensar a sobrecarga de cuidado da mãe exercendo o cuidado direto ao irmão com TEA, buscando cuidar, brincar, ajudar na limpeza higiênica ou também através de ajuda indireta, como por exemplo, nos afazeres da casa.Torrens (2006) indica que nem sempre o irmão com desenvolvimento normal verá o papel decuidador como algo positivo. Em alguns casos pode existir receio com relação à reação dos amigos. Também há relatos de irmãos que se preocupam com a possibilidade de contágio, principalmente em casos em que existe falta de informação sobre a deficiência. Uma das questões mais recorrentes citadas pelo autor é a de querer compensar a deficiência do irmão buscando uma independência precoce.Ainda segundo Torrens (2006), dificuldades podem emergir da relação dos pais com o irmão não deficiente. Falar da deficiência do irmão, compartilhar a atenção entre os filhos de modo que o irmão não deficiente não se sinta excluído e por fim a dificuldade de exigir responsabilidades que não serão bem aceitas;estão entre as questões mais recorrentes. Mohamed (2010) indica que há na literatura pesquisas que demonstram que muitos irmãos na família podem prejudicar ainda mais a questão da divisão de atenção entre os filhos:como o filho com autismo demanda maioratenção, o irmão sem deficiência pode sentir-se negligenciado.McIntyre e Quintero (2010) realizaram uma pesquisa com quarenta e três famílias americanas, sendo que aproximadamente metade delas têm um filho em idade pré-escolar com TEA e outro em idade escolar com desenvolvimento normal. A outra metade das famílias, constituintes do grupo controle, também tem um filho em idade pré-escolar, porém sem atraso no desenvolvimento e outro filho em idade escolar também com desenvolvimento normal. Foram comparados os relatos de pais e professores sobre a adaptação social, comportamental e acadêmica entre irmãos de famílias com ou sem filho com TEA.Não se encontrou, no entanto, nenhuma diferença significativa. As autoras salientam, contudo, que devido o estresse familiar e depressão serem mais frequentes em famílias com filho com TEA, irmãos desse tipo de família são mais vulneráveis a possíveis dificuldades adaptativas no decorrer da vida.Segundo Rao e Beidel (2009), de modo geral os irmãos de crianças com TEA apresentam mais problemas comportamentais e adaptativos quando comparados ao grupo controle. Quando se comparam as diferenças entre os gêneros, irmãs apresentam melhor auto-imagem e senso de pertencimento social que os irmãos.Todavia, Altiere (2006) faz um contraponto a esse aspecto ao indicar que os próprios irmãos podem sentir como sendo recompensador cuidar do irmão autista, mesmo que a família possaachar isso uma tarefa prejudicial. Além disso, ainda segundo o autor, a ajuda do irmão sem deficiência no cuidado direto ao irmão autista suaviza a demanda de cuidado dos pais. O pai, que exerce um papel fundamental no apoio psicológico para a mãe, terá maior disponibilidade de ajudá-la e como consequência o nível de estresse familiar tenderá a diminuir.Uma pesquisa realizada por Gomes e Bosa (2004), também sustenta esse mesmo ponto de vista. Os autores realizaram um estudo com o objetivo de investigar a presença de indicadores de estresse e qualidade das relações familiares em irmãos de indivíduos com e sem TGD. A amostra foi composta de sessenta e duas crianças e adolescentes entre as idades de oito a dezoito anos e foi dividida em dois grupos, o primeiro composto de trinta e dois irmãos de crianças com TGD e o segundo, o grupo controle, composto de trinta irmãos de crianças com desenvolvimento típico, sendo que em ambos os grupos metade era composta por homens e a outra metade por mulheres. Os autores utilizaram diversos instrumentos, tais como uma ficha sobre dados demográficos e identificação de estressores, uma ficha sobre informações sobre o portador de TGD, Escala de Estress Infantil – ESI e um inventário de Rede de Relações. Os resultados encontrados
apontam para uma ausência de indicadores de estresse em ambos os grupos. Os autores discutem os resultados sugerindo que os benefícios provenientes dos serviços de saúde utilizados pelas famílias do primeiro grupo, justificam tal ausência. Essa fonte de apoio social, por sua vez, além de suavizar os fatores estressantes no irmão sem deficiência, faz com que o advento de se ter um irmão com TEA não seja tão adverso.
Fonte : Universidade Presbiteriana MackenzieCCBS – Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento

segunda-feira, 11 de março de 2013

* Sintomas da Síndrome de Asperger.

Um diagnóstico preciso e seguro do Asperger

 
 
Como sempre afirmamos, cada criança é um mundo e não se pode generalizar. Menos ainda nos casos de Asperger. Um diagnóstico preciso e seguro só poderá ser dado por um médico especialista, assim como o devido tratamento.
No entanto, existem algumas características que podem ser observadas pelos pais quando seus filhos tenham entre 2 e 7 anos de idade. Normalmente, uma criança com Asperger pode apresentar algumas características com maior frequência. Aqui, apresentamos algumas:

1- Habilidades sociais e controle emocional

- Não desfruta normalmente do contato social. Relaciona-se melhor com adultos que com crianças da mesma idade. Não se interessa pelos esportes.
- Tem problemas de brincar com outras crianças. Não entende as regras implícitas do jogo. Quer impor suas próprias regras, e ganhar sempre. Talvez por isso prefira brincar sozinho.
- Custa-lhe sair de casa. Não gosta de ir ao colégio e apresenta conflitos com seus companheiros.
- Custa-lhe identificar seus sentimentos e os dos demais. Apresenta mais birras que o normal. Chora com facilidade por tudo.
- Tem dificuldades para entender as intenções dos demais. É ingênuo. Não tem malícia. É sincero.

2- Habilidades de comunicação

- Não pode olhar nos olhos quando fala contigo. Crê em tudo aquilo que lhes dizem e não entende as ironias. Interessa-se pouco pelo que dizem os outros. Custa-lhes entender uma conversa longa, e muda de tema quando está confusa.
- Fala muito, em tom alto e peculiar, e usa uma linguagem pedante, extremamente formal e com um extenso vocabulário. Inventa palavras ou expressões idiossincrásicas.
- Em certas ocasiões, parece estar ausente, absorto em seus pensamentos.

3- Habilidades de compreensão

- Sente dificuldade em entender o contexto amplo de um problema. Custa-lhe entender uma pergunta complexa e demora para responder.
- Com frequência não compreende uma crítica ou um castigo. Assim como não entende que ele deve portar-se com distintas formas, segundo uma situação social.
- Tem uma memória excepcional para recordar dados e datas.
- Tem interesse especial pela matemática e as ciências em geral.
- Aprende a ler sozinho ainda bem pequenos.
- Demonstra escassa imaginação e criatividade, por exemplo, para brincar com bonecos.
- Tem um senso de humor peculiar.

4- Interesses específicos

- Quando algum tema em particular o fascina, ocupa a maior parte do seu tempo livre em pensar, falar ou escrever sobre o assunto, sem importar-se com a opinião dos demais.
- Repete compulsivamente certas ações ou pensamentos para sentir-se seguro.
- Gosta da rotina. Não tolera as mudanças imprevistas. Tem rituais elaborados que devem ser cumpridos.

5- Habilidades de movimento

- Possui uma pobre coordenação motora. Corre num ritmo estranho, e não tem facilidade para agarrar uma bola.
- Custa-lhe vestir-se, desabotoar os botões ou fazer laço nos cordões do tênis.

6- Outras características

- Medo, angústia devido a sons como os de um aparelho elétrico.
- Rápidas coceiras sobre a pele ou sobre a cabeça.
- Tendência a agitar-se ou contorcer-se quando está excitado ou angustiado.
- Falta de sensibilidade a níveis baixos de dor.
- São tardios em adquirir a fala, em alguns casos.
- Gestos, espasmos ou tiques faciais não usuais.

sábado, 2 de março de 2013

* Como escolher atividades para crianças com Sìndrome de Asperger.


Passo a passo

  1. Escolha livros que tenham algum tipo de interação. Livros pop-up, livros com imagens coloridas ou texturas interessantes podem deixá-lo entretido e além disso, ele ainda aprenderá novas palavras.
     2. Vá ao parque. Exercícios são uma grande forma das crianças desabafarem. Playgrounds melhoram as habilidades motoras além das crianças se divertirem nos carrosséis, escorregadores e no balanços.
 
     3. Assista televisão ou filmes juntos e fale sobre os personagens. Você pode explicar o uso do sarcasmo em uma comédia ou explicar porque alguém chora em um drama. Isso pode funcionar como um tutorial que ajudará o seu filho no dia a dia.
 
     4. Mantenha quebra-cabeças por perto. Crianças com síndrome de Asperger precisam desenvolver suas habilidade espaciais. Quebra-cabeças ou formatos de qualquer tipo são uma maneira divertida de fazer com que as crianças trabalhem com as mãos e pensem como encaixar as peças juntas.
 
     5. Jogue jogos de tabuleiro juntos. Isso proporciona interação social da maneira que crianças com Asperger se sentem mais confortáveis. E, como todas as crianças, jogos ajudam as crianças a aprender a lidar com a derrota.
 
    6. Cantem juntos. Pesquisas mostram que a música tem um poder importante na socialização em crianças com Asperger. Além disso, como todo mundo, providencia um momento agradável aprendendo novas palavras quando são encaixadas na música.
 
 

sexta-feira, 1 de março de 2013

* Reportagem: Autismo desaparece em algumas crianças quando elas crescem.

Pesquisa observou 34 jovens de até 21 anos, que tinham sido diagnosticados com a síndrome.

 
Algumas crianças com diagnóstico de autismo quando pequenas veem desaparecer completamente seus sintomas quando crescem, segundo um estudo realizado nos Estados Unidos. "Embora o autismo geralmente persista durante toda a vida, esta descoberta permite pensar que a síndrome poderia experimentar evoluções muito diversas", afirmou Thomas Insel, diretor do Instituto Americano de Saúde Mental (NIMH, na sigla em inglês), que financiou os trabalhos.

A pesquisa foi realizada por Deborah Fein, da Universidade de Connecticut (nordeste), com 34 jovens de 18 a 21 anos, que tinham sido diagnosticados com autismo em idades muito retomas e que, com o passar do tempo, tinham uma vida completamente normal. Estes jovens não apresentavam mais problemas de expressão, comunicação, reconhecimento de rostos ou socialização, sintomas característicos do autismo.

A pesquisa, publicada na revista "Child Psychology and Psychiatry", se concentrou em saber se o primeiro diagnóstico de autismo era suficientemente exato e se os sintomas efetivamente tinham desaparecido.
A resposta foi afirmativa nos dois casos, destacou Insel.

Os resultados deste estudo levam a crer que as dificuldades de socialização destas crianças eram mais brandas, embora tenham sofrido problemas de comunicação e movimentos repetitivos tão severos quanto os demais autistas. Para a avaliação mental destes 34 indivíduos estudados, os pesquisadores usaram testes cognitivos e de observação comum, bem como questionários enviados aos pais.

Para participar do estudo, os jovens tinham que estar em cursos regulares na escola ou na universidade e não se beneficiar de nenhum serviço especial para autistas. No entanto, a pesquisa não conseguiu determinar a proporção de crianças diagnosticadas com autismo que no futuro verão desaparecer os sintomas. "Todas as crianças autistas são capazes de progredir com as terapias intensivas. Mas no estado atual dos nossos conhecimentos, a maioria não chega a fazer os sintomas desaparecer", disse Deborah, que espera que novas pesquisas ajudem a entender melhor os mecanismos desta doença.