sexta-feira, 1 de março de 2013

* Reportagem: Autismo desaparece em algumas crianças quando elas crescem.

Pesquisa observou 34 jovens de até 21 anos, que tinham sido diagnosticados com a síndrome.

 
Algumas crianças com diagnóstico de autismo quando pequenas veem desaparecer completamente seus sintomas quando crescem, segundo um estudo realizado nos Estados Unidos. "Embora o autismo geralmente persista durante toda a vida, esta descoberta permite pensar que a síndrome poderia experimentar evoluções muito diversas", afirmou Thomas Insel, diretor do Instituto Americano de Saúde Mental (NIMH, na sigla em inglês), que financiou os trabalhos.

A pesquisa foi realizada por Deborah Fein, da Universidade de Connecticut (nordeste), com 34 jovens de 18 a 21 anos, que tinham sido diagnosticados com autismo em idades muito retomas e que, com o passar do tempo, tinham uma vida completamente normal. Estes jovens não apresentavam mais problemas de expressão, comunicação, reconhecimento de rostos ou socialização, sintomas característicos do autismo.

A pesquisa, publicada na revista "Child Psychology and Psychiatry", se concentrou em saber se o primeiro diagnóstico de autismo era suficientemente exato e se os sintomas efetivamente tinham desaparecido.
A resposta foi afirmativa nos dois casos, destacou Insel.

Os resultados deste estudo levam a crer que as dificuldades de socialização destas crianças eram mais brandas, embora tenham sofrido problemas de comunicação e movimentos repetitivos tão severos quanto os demais autistas. Para a avaliação mental destes 34 indivíduos estudados, os pesquisadores usaram testes cognitivos e de observação comum, bem como questionários enviados aos pais.

Para participar do estudo, os jovens tinham que estar em cursos regulares na escola ou na universidade e não se beneficiar de nenhum serviço especial para autistas. No entanto, a pesquisa não conseguiu determinar a proporção de crianças diagnosticadas com autismo que no futuro verão desaparecer os sintomas. "Todas as crianças autistas são capazes de progredir com as terapias intensivas. Mas no estado atual dos nossos conhecimentos, a maioria não chega a fazer os sintomas desaparecer", disse Deborah, que espera que novas pesquisas ajudem a entender melhor os mecanismos desta doença.

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