quarta-feira, 18 de maio de 2011

É agora, tá na hora da escola!

Chegou então o dia 31 de janeiro de 2011, primeiro dia de aula e esse dia tão aguardado e temido, veio cheio de surpresas (como tudo que cerca o Vitor). Ele não chorou, ficou um pouco espantado é claro, mas aceitou a escola, os colegas, a professora, enfim, sei que anjos de Deus estavam protegendo meu menino, pois esse foi o meu pedido a Deus e de uma forma branda e mágica eu senti que meu filho estava divinamente protegido. Desse dia em diante tenho entregado diariamente o Vitor nas mãos da Virgem Maria e dos anjos de Deus, e tenho colhido vitórias. Na primeira semana eu ia busca-lo mais cedo e sempre o encontrava bem.

Rafael e Vitor prontinhos para o primeiro dia de aula


Vitor e seus novos coleguinhas.

Vitor conhecendo o parquinho da escola.

No final da primeira semana de aula perguntei à professora se tinha sido muito difícil o trabalho com o Vitor e ela falou das diferenças dele com relação às outras crianças, mas disse que a adaptação dele tinha sido maravilhosa e que ela queria muito conhecer melhor e ajudar meu pequeno. Essa primeira semana encerra e encerram também muitos medos que eu trazia desse momento, sinto agora um paz, mais é uma paz inquieta, um forte desejo de que essa adaptação à escola realmente aconteça e que, mais que adaptado, meu filho seja FELIZ.

“Nesse momento, meu coração está cheio de gratidão a Deus e a Virgem Maria, sei que Ela olhou para meu desespero e tratou de proteger meu filho, gostaria que esse sentimento fosse compartilhado com todas as mães que assim como eu muitas vezes se desesperam com seus filhos, tenham fé, peçam com fé, O Senhor deseja ardentemente participar da formação de nossas crianças, Ele as fez, e certamente as ama como são. Peço a Deus que aumente em mim o desejo de ajudar meus filhos e que eu nunca me acostume com seus progressos, eu sempre espero mais e sei que eles podem sempre mais, porque são amados e consagrados a Deus.”

A segunda semana de aula do Vitor foi ainda mais tranquila, ele via o irmão acordar para ir à escola e logo ficava animadinho também. Vestia-se sempre com calma e entrava no carro sempre conversando e animado. A professora diariamente me dizia que ele estava bem, já estava lanchando, aceitava ir ao banheiro com a professora, às vezes estranhava algumas pessoas, mas não fazia birra, apenas procurava se esconder.

Ao final da segunda semana de aula teve a reunião de pais e mestres, perguntei à professora como estava o Vitor, ela disse que ele estava bem e cada dia melhor. Com os olhos cheios de lágrimas, lembro que perguntei se os coleguinhas aceitavam e brincavam com ele e ela disse que sim e que não faziam nenhuma acepção, pois nem havia motivo para isso. Naquela hora eu senti o amor de Deus ainda mais forte em mim, Ele estava ao meu lado compartilhando comigo mais essa vitória do meu filho.

Nessa época também eu e meu marido tomamos a difícil decisão de tirar o Vitor do programa de estimulação precoce, depois de muita conversa, vimos que nosso menino alcançou enormes progressos graças ao atendimento da Precoce e que graças a Deus ele já estava se adaptando a escola regular, por esse motivo era hora de avançarmos mais e permitir que o Vitor tenha agora novas experiências. Nunca esqueceremos a acolhida que tivemos naquela escola, os profissionais maravilhosos que atenderam nosso filho e que por vezes pareciam acreditar mais no potencial do nosso menino do que nós mesmos. Queria que todos os que se encontram em dificuldades com a socialização de seus filhos, pudessem receber o apoio que encontramos no Programa de Estimulação Precoce do Guará.
As semanas seguintes foram cheias de progressos, Vitor estava se adaptando à escola com facilidade e a cada dia eu e meu marido íamos ficando mais tranquilos.

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